A linguagem matemática desenvolveu-se para facilitar a comunicação do conhecimento matemático entre as pessoas. Entretanto, quando abusamos do uso de símbolos e não nos preocupamos em trabalhar a compreensão dos mesmos, clareando o seu significado, conseguimos o efeito contrário: dificultamos o processo de aprendizagem da matemática.
Conhecer a origem de certos símbolos pode ajudar a compreendê-los. Nas civilizações da Antiguidade (babilônios, gregos, chineses, romanos, etc.), os homens desenvolveram linguagens variadas para representar sons (palavras) e números. Os símbolos que usavam de uma civilização para outra, dependia de suas condições materiais e culturais.
Muitos sinais usados hoje na matemática são resultado de sucessivas transformações. Na época em que os livros eram copiados manualmente estas modificações eram inevitáveis. O aparecimento da imprensa, nos fins do século XV, contribuiu para estabilizar a forma dos símbolos.
"Para calcular a área de um trapézio, primeiro somamos as medidas de suas bases; em seguida, multiplicamos esta soma pela medida da altura; finalmente dividimos o produto obtido por dois."
Pode-se perceber, o resultado é uma sentença muito comprida. Além disso, essa sentença só pode ser compreendida por quem conhece a língua portuguesa. A fórmula com letras, ao lado da figura, além de ser mais curta, pode ser compreendida por pessoas de qualquer parte do mundo.
O uso de letras para representar números é um fato relativamente recente na história da matemática. Um dos responsáveis por esta prática foi o matemático francês François Viète, que viveu no século XVI.
Há cerca de 2300 anos, o matemático grego Euclides escreveu em um de seus livros que:
Vamos imaginar um livro de matemática todo escrito por extenso, sem o uso de símbolos matemático. Sem dúvida ele teria muito mais páginas do que os livros usuais.
O mundo vive um acelerado desenvolvimento em que a tecnologia está presente direta e indiretamente em atividades escolares. A escola faz parte do mundo e deve estar aberta e incorporar novos hábitos, comportamentos, percepções e demandas ao mesmo tempo em que é fundamental que a instituição escolar integre a cultura tecnológica extra-escolar dos educandos e educadores ao seu cotidiano.
É necessário desenvolver nos educandos habilidades para utilizar os instrumentos de sua cultura. A pouca familiaridade com tecnologia pode constituir-se um problema para os mesmos, pois no cotidiano são muitas as situações que exigem conhecimentos tecnológicos e pode levar alguns educandos a se sentirem discriminados ou constrangidos por não serem capazes de realizar algumas atividades.
A incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir para melhoria da qualidade do ensino. A simples presença de novas tecnologias na escola não é por si só garantia de maior qualidade na educação, pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino tradicional baseado na recepção e na memorização de informações. A concepção de ensino aprendizagem revela-se na prática de sala de aula e na forma como educadores e educandos utilizam os recursos tecnológicos disponíveis. O computador em particular permite novas formas de trabalho possibilitando a criação de ambientes de aprendizagem em que os educandos possam pesquisar fazer antecipações e simulações, criar soluções e construir novas formas de representação, além disso, permite a interação com outros indivíduos e comunidades utilizando os sistemas interativos de comunicação que são as redes de computadores.
O acesso ás tecnológicas da informação e comunicação não acontece simplesmente com a instalação dos laboratórios de informática, como são chamados na escola, mas pela necessidade de mediação de educadores por meio do desenvolvimento de hábito.
É preciso avançar para além da simples implementação técnica de computador nas escolas, entendendo como as relações didático-pedagógicas acontecem com as novas tecnologias e que dificuldades há nessas relações.
“[...] tecnologia não é a solução, é somente um instrumento. Mas embora tecnologia não produza automaticamente uma boa educação, a falta de tecnologia garante automaticamente uma má educação."( Ubiratan D’Ambrosio)
A aprendizagem éum processo construtivo, que depende de modo fundamental das ações do sujeito e de suas reflexões sobre estas ações.
“Todo conhecimento é ligado à ação e conhecer um objeto ou evento á assimilá-lo a um esquema de ação... Isto é verdade do mais elementar nível sensório motor ao mais elevado nível de operações lógico-matemáticas” (Piaget).
O computador é uma das ferramentas de apoio à construção do conhecimento e se utilizado com base em metodologias interdisciplinares irá contribuir no processo de ensinoe aprendizagem.
O educador deve encorajar o educando a explorar o ambiente que está acessível através de alguma interface e que envolve um modelo de um domínio de conhecimento matemático, podendo melhorar o desenvolvimento das estratégias utilizadas na resolução de alguma tarefa e contribuir na construção de significados envolvendo relações entre objetos matemáticos e suas representações.
A identificação de um problema do mundo real é fundamental. O problema é muitas vezes modificado e simplificado com vistas a ser descrito em termos razoavelmente precisos e sucintos. Essa descrição do problema constitui o chamado modelo real. O modelo real é ainda mais simplificado e apresentado num contexto que seja interessante e compreensível para os educandos, tornando viável a aplicação de alguns conceitos e idéias matemáticos presentes na situação-problema.
Um modelo matemático de uma situação problemática real constitui uma representação matemática de uma parte da realidade [uma dada situação concreta – como as publicadas no blog - A Matemática presente na População de Insetos (Sapos, População de insetos, Dengue - O transmissor do Flaviviridae, Aedes aegvpti, Tratamento específico); A Matemática presente na Fotossíntese X Respiração (Fotossíntese, Planetas do Sistema Solar, Microorganismos, Liberavam oxigênio, Dióxido de carbono, Cianobactérias); A Matemática presente na Prevenção de Acidente de Trabalho; A Matemática Presente no Controle do Índice de Massa Corporal (o calculo de IMC + vídeo); A Matemática presente nos esportes (o Basquete); A Matemática presente na Natureza – Água (Água é o elemento mais importante, Degradação ambiental e poluição, Fontes de Água); A Matemática presente da Natureza - Agricultura X Fruticultores (Agricultura, agricultores e fruticultores da região de Ibicaraí, Frutas comestíveis); Problemas Matemáticos e a Interface com outras áreas do conhecimento; Gráficos e a Interface com outras áreas do conhecimento (O Elo Matemática – ecologia, biologia, fenômenos sociais, científicos e econômicos, meio ambiente)] por exemplo. Estas representações podem ser realizadas através de objetos, relações e estruturas da matemática (tais como tabelas, relações funcionais, gráficos, figuras geométrica etc.Estamos diante de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), diante de novos espaços de construção do conhecimento, a realização de esforços na utilização, o estudo de novas metodologias apropriadas para o trabalho nestes novos ambientes e avaliação deste trabalho é essencial para, além de estreitar a defasagem existente entre a educação escolar fundamental e o desenvolvimento científico e tecnológico da sociedade atual, promover a plena afirmação da cidadania de todos os possíveis envolvidos neste processo: educadores, educandos e todos aqueles que no futuro poderão construir e usufruir dos seus resultados.
(Texto produzido ao som do Tope Love e Calcinha Preta – isto é interdisciplinaridade)