quarta-feira, 22 de julho de 2009

A Prática do Educador de Matemática e os Materiais Didáticos


A Prática do Educador de Matemática e os Materiais Didáticos

Não se pode falar de educação sem pensar em quem será educado e para que seja educado. O mundo em que vivemos, está em constantes mudanças dado ao grande e pido desenvolvimento das tecnologias. A cada dia, produzem-se mais conhecimentos, desenvolvem-se novas formas de comunicação, sendo assim,

As dificuldades encontradas por educandos e educadores no processo ensino-aprendizagem da matemática são muitas e conhecidas. Por um lado, o educando não consegue entender a matemática que a escola lhe ensina, muitas vezes é reprovado nesta disciplina, ou então, mesmo que aprovado, sente dificuldades em utilizar o conhecimento "adquirido", em síntese, não consegue efetivamente ter acesso a esse saber de fundamental importância. (Dario e Maria Ângela)

A matemática é uma ciência que tanto responde as necessidades do mundo moderno que lhe são colocadas como contribui para suas mudanças. Daí não ser concebível um ensino de conteúdos matemáticos que enfatize a memorização, que se detenha no ensino de procedimentos, ou seja, de algoritmos, em detrimento da aprendizagem que desenvolva as capacidades cognitivas, de análise, de produzir conhecimento, não só produzi-lo, mas lançar mão dele para uma melhor qualidade de vida. Ao priorizar a construção do conhecimento pelo fazer e pensar do educando, o papel do educador é mais o de orientador, facilitador, estimulador e incentivador da aprendizagem.

Mesmo que, muitas vezes, o Livro Didático seja utilizado como “muleta” por grande parte dos educadores, não há como negar que ele ainda se constitui no mais importante MD disponibilizado para o educador e o educando. No ensino de Matemática, o uso de livro didático, sem dúvida fornece subsídios para o educador criar situações que possibilitem ao educando a construção significativa, mas, dentre outros requisitos, o uso de materiais didáticos concretos, lúdicos e da tecnologia na pedagogia moderna auxilia e contribui para o aprendizado do educando. Porém a falta de objetivos para a utilização desses materiais e a descontextualização dos mesmos acaba por diminuir a sua eficácia no desenvolvimento lógico-matemático. Deste modo necessitamos de uma reflexão e um aprofundamento maior sobre métodos e técnicas de utilização de materiais manipulativos, para que eles sejam utilizados de forma reflexiva e objetiva, criando estruturas mentais suficientemente capazes de abstrações e generalizações.

Um livro didático deve oferecer informações e explicações sobre o conhecimento matemático que interfere e sofre interferências das práticas sociais do mundo contemporâneo e do passado. Também deve conter uma proposta pedagógica que leve em conta o conhecimento prévio e o nível de escolaridade do educando e que ofereça atividades que o incentivem a participar ativamente de sua aprendizagem e a interagir com seus colegas.

Lorenzato (2006, p.18) nos chama atenção para o fato de que:

Por melhor que seja, o MD nunca ultrapassa a categoria de meio auxiliar de ensino, de alternativa metodológica à disposição do educador e do educando, e, como tal, o MD não é garantia de um bom ensino, nem de uma aprendizagem significativa e não substitui o educador.

Material didático é um instrumento que proporciona ao educador possibilidades de um ensino-aprendizagem com êxito e oportunidades de criatividades e inovação. Quando utilizado adequadamente, se constitui num instrumento que auxilia o educador na sua prática pedagógica; tendo em vista que este ajuda na compreensão dos conceitos e procedimentos matemáticos.

Deve-se considerar como materiais manipuláveis concretos todo material que possa ser manuseado pelos educandos e educadores, no sentido de auxiliar a compreensão em relação a vários conteúdos da disciplina Matemática.

A fim de evitar o uso excessivo de regras, é fundamental oferecer aos educandos a oportunidade de manipular materiais variados, que permita a construção dos conceitos através da experimentação, da verificação de hipóteses levantadas diante de situações-problema convenientemente apresentadas [...]. (Toledo 1997, p.167)

O educador de matemática deve buscar formas para o educando pensar com produtividade, desenvolver habilidade de elaborar um raciocínio lógico enfrentando situações novas. Essas aulas de matemática devem ser interessantes e desafiadoras dando oportunidade do educando se envolver com as aplicações da mesma e fazer uso inteligente e eficaz dos recursos disponíveis, para que ele possa propor novas soluções às questões que surgem em seu dia-a-dia, na escola ou fora dela. Um caminho bastante produtivo é preparar o educando para lidar com situações novas, quaisquer que sejam elas. E, para isto é fundamental desenvolver nele iniciativa, espírito explorador, criatividade e independência através de resoluções de problemas do cotidiano.

Precisamos de pessoas ativas e participantes, que deverão tomar decisões rápidas e, tanto quanto possível, precisas. Sendo assim é necessário formar cidadão matematicamente alfabetizado, que saibam como resolver, de modo inteligente seus problemas de comércio, previsão do tempo e outros da vida diária.

Produção: Clélia Eugênia

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